EVIDÊNCIAS DE EVENTOS OXIGENAÇÃO A PARTIR DA GEOQUÍMICA DE FORMAÇÕES FERRÍFERAS BANDADAS DO GREENSTONE BELT PITANGUI (MESO-NEOARQUEANO), PORÇÃO SUL DO CRÁTON SÃO FRANCISCO
DOI:
https://doi.org/10.21715/GB2358-2812.2019331028Abstract
O Greenstone Belt Pitangui, localizado a noroeste do Quadrilátero Ferrífero em Minas Gerais, é um terreno de idade meso- a neoarqueana. Sua estratigrafiaé composta por intercalações de rochas metavulcânicas que são registros de atividade vulcânica, e rochas metassedimentares químicas e clásticas (metamorfizadas em fácies xisto verde a baixo anfibolito) como metarenitos e formações ferríferas bandadas (BIFs), rochas comumente observadas em seções oceânicas greenstone belts. As condições bioquímicas dos oceanos e da atmosfera que proporcionaram a formação de BIFs (restritos ao Pré-Cambriano) diferem consideravelmente das que prevalecem atualmente. Estas rochas são resultado da precipitação química bioinduzida de óxido de Fe e Si, sendo resultado de condições únicas exclusivas ao passado da Terra. A deposição de BIFs no Greenstone Belt Pitangui predominou em estágios de bacia faminta e cessação do vulcanismo, estando estas intercaladas a metarenitos resultantes de fluxos turbidíticos ocasionais. A geoquímica destas BIFs indica a incorporação de material clástico depositado durante pequenas interrupções na precipitação bioquímica. Este fator pode ser identificado a partir da observação de padrões em elementos maiores (Fe, Ti, Al, Mn) em quatro grupos de amostras de diferentes níveis estratigráficos (Pimentão, Biquinho, Aparição e São Francisco). As proporções de ETRs e Y sugerem a classificação destas BIFs como do tipo Algoma. Amostras do nível Pimentão apresentam anomalias negativas de Ce, o que indica existência de oxigênio livre nos mares arqueanos, mesmo que localmente. Isto corrobora de formas consistente com as anomalias negativas de Ce anteriormente descritas para BIFs do nível Biquinho (superior ao nível Pimentão). A ocorrência destas anomalias em intervalos estratigráficos subsequentes evidencia a continuidade temporal do evento de oxigenação mais antigo já registrado no Brasil (2,86-2,78 Ga), que é anterior ao Grande Evento de Oxigenação (GEO – 2,4 Ga) proposto na literatura.
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