LATERITIC EVOLUTION OF THE JACUPIRANGA ALKALlNE COMPLEX, SP

Authors

  • A. J. Melfi
  • S. M. S. Oliveira
  • A. Carvalho
  • G. Friedrich
  • A. Marker
  • M. Kanig

Abstract

Sobre os dunitos (olivina, serpentina, cromita e magnetita), foi estudado um perfil de alteração de 38 m de profundidade, em posição de meia encosta. Este perfil apresenta da base para o topo 3 níveis de alteração: saprolito (serpentina, esmectita e quartzo), Si-boxwork (quartzo e goethita) e laterita (goethita, caolinita e quartzo). Quimicamente, ao longo do perfil, ocorre perda total de Mg, conservação de Si e concentração residual de Fe, AI, Cr, Ti, P e Zr encontram-se enriquecidos nos níveis superiores do perfil de Co, Ni, Mn, Ba e Ce mostram seus mais altos teores nos níveis intermediários. A evolução intempérica da rocha fresca ao saprolito é laterítica. O Si-boxwork representa um episódio de silicificação e, finalmente, a cobertura laterítica, enriquecida em elementos não típicos de dunitos (AI, Ti, Zr, V e P), deve ser resultado de contribuição alóctone. Foram analisados 2 perfis de alteração sobre jacupiranguitos (titanoaugita, magnetita e perovskita), com 30 e 40 m de profundidade, situados no topo e na encosta de uma colina, respectivamente. Nestes perfis distinguem-se, da base para o topo: saprolito (titanoaugita, esmectita, rnagnetita e anatásio) e laterita (goethita, caolinita, anatásio e quartzo). Estes perfis, desenvolvidos essencialmente "in situ", evoluem por perdas totais ou parciais de Ca, Mg e Si e concentrações residuais de Fe, AI e Ti. V, Cr e Zr são gradualmente enriquecidos da rocha fresca à laterita. Ba, Zn, Cu, Ni, Co, Ce e Mn concentram-se nos estágios iniciais do intemperismo, sendo, em seguida, lixiviados. O processo de alte ração foi de natureza laterÍtica, com uma fase inicial de formação de argilo-minerais 2/1 que evoluem para 1/1. A porção superior do nível de laterita apresenta características mineralógicas e químicas que permitem identificá-Ia como proveniente de material parcialmente alóctone. O estudo dos perfis de alteração sobre dunito e jacupiranguito permite emitir uma hipótese de evolução supérgena policíclica para o complexo alcalino de Jacupiranga. Assim, numa primeira fase de alteração, sob clima marcado por episódios de relativa aridez, a evolução dos dunitos conduziu à formação de um perfil de alteração silicificado em sua base, enquanto que os jacupiranguitos desenvolveram uma cobertura de natureza esmectítica. Numa fase posterior, processos erosivos relacionados a um soerguimento da região, provocaram a remoção das coberturas de alteração até o resistente boxwork silicoso, no caso dos dunitos, e mais profundamente, no caso dos jacupiranguitos. Num período seguinte, sob clima mais úmido, semelhante ao atual, a alteração, desta vez de caráter laterítico, promoveu o desenvolvimento de espessos perfis. Neste período, um aporte coluvionar, a partir de Jitologias mais ácidas, sobre as áreas de dunito e jacupiranguito, forneceu material que misturado àquele derivado das rochas subjacentes gerou a cobertura que hoje capeia os perfis. Por analogia com a evolução supergênica de outros maciços ultramáficos brasileiros, o ciclo erosivo acima citado pode ser correlacionado ao ciclo Velhas, do Terciário Superior, o que coloca um limite máximo para a idade do manto de alteração em Jacupiranga.

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Published

2011-07-25

How to Cite

Melfi, A. J., Oliveira, S. M. S., Carvalho, A., Friedrich, G., Marker, A., & Kanig, M. (2011). LATERITIC EVOLUTION OF THE JACUPIRANGA ALKALlNE COMPLEX, SP. Geochimica Brasiliensis, 2(1), 119–126. Retrieved from https://geobrasiliensis.emnuvens.com.br/geobrasiliensis/article/view/18

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